Em 1955, durante sua campanha eleitoral à Presidência da República, o médico Juscelino Kubitschek é questionado por Toniquinho, um de seus eleitores, sobre a transferência da capital. De forma imediata e afirmativa, valida a proposição, comprometendo-se a executá-la no tempo mais breve possível.

Visionário, imediatamente deu início ao ambicioso projeto de desenvolver a região central do Brasil, quase despovoado à época. Apesar de renhida oposição, conseguiu o apoio do Congresso Nacional.

Criou, então, a Companhia Urbanizadora da Nova Capital (Novacap) para a gestão das terras e o planejamento e execução das obras. O nome da cidade é oficializado como Brasília, resgatando, assim, a contribuição do patriarca da Independência, José Bonifácio de Andrada e Silva.

Foi, então, aberto um concurso público para a escolha do projeto urbanístico. Das 26 propostas apresentadas, venceu a do arquiteto e urbanista Lucio Costa. Coube ao arquiteto Oscar Niemeyer a responsabilidade de elaborar os projetos dos edifícios.

JK e sua equipe realizaram, em três anos e dez meses, o que muitos consideravam um delírio. Seus opositores não percebiam que ele estava transformando em realidade um projeto histórico formador de um novo país, que proporcionaria a abertura de novos horizontes ao povo brasileiro.

Em sua primeira viagem a Brasília, em 1956, JK, emocionado, escreveu esta profética mensagem no Livro de Ouro da futura capital, hoje gravada em pedra na Praça dos Três Poderes:

“Deste Planalto Central, desta solidão que em breve se transformará em cérebro das mais altas decisões nacionais, lanço os olhos mais uma vez sobre o amanhã do meu País e antevejo esta alvorada, com fé inquebrantável e uma confiança sem limites no seu grande destino.”