artista
Jesco Puttkamer

Filho do Barão alemão Wolf Heinrich Freiherr Puttkamer-Schickerwitz e da brasileira descendente de suecos Karen Von Puttkamer, Jesco estudou Química no Rio de Janeiro, e, posteriormente, Engenharia Química na Escola Politécnica de Breslau, na Alemanha.
Durante a Segunda Guerra Mundial, fugiu da Alemanha nazista com apoio do Exército americano. Depois de 1945, foi convidado pelo Comitê Brasileiro de Repatriamento para documentar os campos de refugiados e os julgamentos no Tribunal de Nuremberg. Atuou, também, como correspondente de guerra para jornais americanos e brasileiros.
Após voltar ao Brasil, representou o Governo do Estado de Goiás no Conselho de Imigração e Colonização do Ministério das Relações Exteriores.
Já durante a construção da capital, a convite do engenheiro Bernardo Sayão, tornou-se relações públicas da Novacap (Companhia Urbanizadora da Nova Capital) e também passou a prestar serviços fotográficos para diversos jornais. Entre 1959 e 1961, registrou situações cotidianas e cerimônias oficiais — em especial as que contavam com a presença de JK.
Ingressou na Fundação Brasil Central como fotógrafo e cineasta da Marcha do Oeste (Programa de Interiorização do País), posição em que manteve contatos com grupos indígenas, na equipe dos sertanistas Fernando e Apoena Meireles e dos irmãos Cláudio e Orlando Villas-Bôas.
Produziu um dos mais extensos e representativos acervos sobre sociedades indígenas brasileiras, reconhecido pelo Iphan (Instituto Histórico e Artístico Nacional) e pela Unesco com o Selo de Memória do Mundo do Brasil e da América do Sul e Caribe.
Atualmente, o acervo é preservado pelo Núcleo de Documentação Audiovisual da Fundação Universidade Católica de Goiás.


