artista
Celso Júnior

A presteza do instante, o lirismo no olhar
Celso Junior é jornalista. E iniciou sua carreira nos idos dos anos 90. Em jornal impresso. Mas não exatamente na confecção de textos, matérias ou artigos. Foi em laboratórios fotográficos que ele se ambientou e descobriu a sua vocação... a de contar histórias por meio de imagens. Aquelas que dizem mais do que qualquer palavra.
Ingressou no jornal O Estado de São Paulo em 1997, onde atuou até 2012. Lá, arrebatou inúmeros prêmios importantes, precisamente 12, credenciando-o como um dos melhores fotojornalistas do País desde novo século.
Em 2004, já estabelecido profissionalmente e com robusta bagagem no fotojornalismo, mudou-se para a sucursal do jornal em Brasília, com a árdua missão de acompanhar o ex-presidente Lula ao longo dos oito anos seguintes. E conheceu o mundo por meio de seu olhar sensível, porém preciso. Ora de jornalista, ora de artista.
Nessa mesma temporada, atuou nas Copas do Mundo da Alemanha, da África do Sul e a do Brasil, em 2006, 2010 e 2014 respectivamente. E na Olimpíada Rio 2016. Multifacetado, Celso Junior passou 40 dias no Vaticano cobrindo a morte do papa João Paulo II.
Celso Junior também tem história no mercado editorial com livro O rio - uma viagem à alma do Amazonas, pela editora Record, em parceria com o escritor Leonêncio Nossa, momento em que desbravou o rio Amazonas da sua nascente, no Peru, à foz, no Brasil, por um período de três anos.
Em 2012, deixou a redação e investiu no segmento prestige e montou sua agência especializada de fotografias mantendo porém o vínculo com o jornalismo.
Em meio à pandemia, uma nova porta se abriu. No epicentro do caos, a arte prevaleceu. O refrigério necessário para acalmar almas aflitas que buscavam em seus lares janelas de esperança emolduradas em paredes brancas para traçar novos rumos. Assim nasceu a GaLeRia, um espaço físico para fotografias criadas na raiz do fotojornalismo figurando, de modo sofisticado e concreto, a realidade frutificada do nosso cotidiano.
E é nesta ocasião que Celso Junior mostra a essência serial da fotografia, ao propor a retomada do figurativismo, buscando o alargamento das relações entre a fotografia, a estética, a arquitetura e a arte.
Como host deste propósito artístico, o projeto cultural Brasília Museu Aberto 2021 não esconde a relação simbiótica com a Capital, aproximando atitude e artista. Onde a fotografia, especialmente, se projeta diante da monumentalidade orgânica exposta em ângulos inéditos, expandida na explosão de cores, no requinte da técnica e na pureza da imagem.



